O rei Gustavo III da Suécia adorava a ciência. Com a mesma intensidade, odiava café. No fim do século 18, tentou provar que a bebida era um veneno. E fez um teste: um preso tomaria uma botija de café todos os dias, enquanto outro beberia chá. Durante anos, a saúde de ambos foi monitorada pelo médico do monarca. O resultado, porém, teria surpreendido o rei – se ele estivesse vivo para ver: Gustavo morreu em 1792. Meses depois morreu o médico. Mais alguns anos e foi a vez do bebedor de chá. O que tomou café morreu só 12 anos depois.
Em 1756, o duque de Richelieu foi enviado pelo rei Luis XVI para desalojar os ingleses no porto de Mahon. Proibido de usar fogo para não despertar a atenção do inimigo, o cozinheiro fez um molho frio com o que tinha: ovos, sal e azeite. Batizou de mahonnaise, referência à cidade. Afrancesada virou mayonnaise.
O nosso querido pãozinho francês é, na verdade, uma criação legitimamente brasileira. Essa delícia que não pode faltar na mesa do café da manhã de dez em cada dez brasileiros surgiu por aqui no início do século 20, perto da Primeira Guerra Mundial. Até o fim do século 19, o pão mais consumido no Brasil era completamente diferente, com miolo e casca escuros. A receita que conhecemos hoje surgiu por encomenda de alguns brasileiros endinheirados que voltavam de viagens da Europa, principalmente da França, e pediam a seus cozinheiros que reproduzissem pela aparência um pão muito popular em Paris. Ele era curto com miolo branco e casca dourada - um precursor da baguete. O que faz a diferença entre o nosso pãozinho e sua inspiração francesa é que foi adicionado açúcar e gordura na receita.
Os romanos misturavam a semente com o suco de uva não fermentado para fazer vinho. Daí, aliás, a origem da palavra, do latim mustum ardens (vinho que arde). Na Índia e na Dinamarca, as sementes eram jogadas ao redor da casa para afugentar maus espíritos. Os chineses as tinham como afrodisíaco. Já o molho como o conhecemos hoje saiu da cozinha dos franceses na Idade Média, que moíam as sementes de mostarda com sal, vinagre e pimenta.
No século 17, marinheiros holandeses importaram da China o Ketsiap, salmoura para peixes à base de soja, sal e vinagre. A mistura foi mudando até chegar ao molho temperado muito usado por ingleses e americanos (e brasileiros). Há variações no mercado, mas a receita mais comum leva tomate, sal, açúcar, pimenta e outros condimentos.
O croissant, aquele delicioso pão de massa folhada, tem origem austríaca. E foi criado por pura diversão, após a expulsão dos invasores turcos de Viena, em 1683. Os austríacos usaram a massa folhada típica da Turquia e fizeram o salgado em forma de lua crescente, símbolo da bandeira turca. A gostosura foi levada para a França com o casamento da rainha austríaca Maria Antonieta com o rei Luís XVI.
A história da pizza começou há 6 mil anos com os egípcios. Acredita-se que eles foram os primeiros a misturar farinha com água. Outros afirmam que os pioneiros foram os gregos, que faziam massas à base de farinha de trigo, arroz ou grão-de-bico e as assavam em tijolos quentes. A novidade foi parar na península da Etrúria, na Itália.
Era um alimento de pobres do sul da Itália. Mas foram os napolitanos que passaram a acrescentar molho de tomate e orégano à massa, que era dobrada ao meio e devorada como se fosse um sanduíche. Quem tinha um pouco mais de dinheiro colocava queijo, pedaços delingüiça ou ovos por cima. A partir do século Xvi, a novidade era apreciada na corte de Nápoles e logo se espalhou pelo mundo.
Pizzas podem ter uma centena de coberturas. A primeira redonda servida à rainha Margherita, da Itália, foi enfeitada com as cores da bandeira italiana: queijo (branco), manjericão (verde) e tomate (vermelho).
O chocolate é o sabor preferido em todo o mundo. É mais popular do que a baunilha e a banana numa relação de 3 para 1.
O microondas foi inventado quando um cientista atravessou um radar e um chocolate derreteu no seu bolso.
Séculos antes de os espanhóis chegarem à América, os astecas já conheciam as favas de cacau. Com elas faziam um líquido escuro que chamavam de tchocolatl. Em 1502, a ilha de Guanaja, habitada pelos astecas, povo místico e religioso, recebeu a esquadra de Colombo. O navegador foi um dos primeiros europeus a provar o sabor do chocolate.
Uma pasta de leite e arroz colocada na neve para solidificar. Essa era a receita do primeiro sorvete, criado na China há 4 mil anos. O problema era armazenar neve para o verão em rudimentares câmaras subterrâneas com grossas paredes de pedras.
No século Xiv, quando os chineses já faziam sorvetes de vários sabores adicionando neve ao leite, o explorador Marco Polo levou a novidade para a Itália. Os italianos se transformaram em artesãos dessa obra-prima, no século Xvi. Bernardo Buontalenti foi um dos mais notórios sorveteiros da época. Em 1660, Procópio Coltelli inaugurou, em Paris, a primeira sorveteria do mundo. A primeira fábrica de sorvetes nasceu nos Estados Unidos em 1851. A primeira sorveteria do Brasil foi inaugurada em 1835, por um italiano chamado Besili, no Rio de Janeiro.
O sorvete esquenta o organismo, sabia? Ele parece frio, mas por conter muitas calorias (unidades de energia) deixa o corpo mais quente.
O nome sanduíche vem do inglês John Montagu, o lorde Sandwich (1718-1792). Virava noites jogando carteado. Numa delas pediu aos serviçais algo que fosse fácil de comer na mesa de jogo sem lambuzar as mãos. Serviram a ele um naco de carne entre dois pedaços de pão. Encantados, os parceiros passaram a pedir “um igual ao de Sandwich”. O cara não fez nada, mas levou a fama.
Só um alimento não se deteriora: o mel. |
Comer uma maçã é mais eficiente que tomar café para se manter acordado. |
Um pé de laranja pode dar frutos durante cem anos. |
As batatas fritas foram feitas pela primeira vez na Bélgica, em 1876. |
São necessários 10 litros de leite para fazer apenas 1 quilo de queijo. |
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